De uma turma de 46 estudantes, apenas três responderam o questionário que disponibilizei antes da greve. =

De modo geral, os respondentes não assinalaram dificuldade quanto a variáveis e a entrada e saída de dados. No entanto, os tópicos de comandos de seleção e modularização foram destacados com índice máximo de dificuldade por ao menos um estudante. Além desses tópicos, também foi observada alguma dificuldade quanto à tipos de dados, operadores e expressões.

No detalhamento das dificuldades encontradas, os estudantes focaram nas funções. Um estudante destacou dificuldade quanto ao uso do return (mais precisamente em quando utilizá-lo).

Quanto ao tipo de conteúdo a ser disponibilizado, um estudante pediu a disponibilização de vídeos.

Surpreendentemente, todos os estudantes assinalaram que usam o computador para estudar. Eu pensava que o celular seria mencionado, mas não foi o caso.

Quanto à monitoria, sugeriram manter a monitoria presencial, mas concentrada em um dia, e em converter ela integralmente para remota. No final das contas, ele ficou totalmente remota durante o período de greve.

Ainda quanto à monitoria, um estudante pediu para a monitoria ser na sexta-feira, depois das 15h30. Curiosamente, este também é um horário de atendimento à estudante que disponibilizo. Para o reinício do calendário, lembrarei aos estudantes quanto ao meu horário de atendimento. Também solicitarei às participantes do projeto Emílias para desempenhar alguma atividade de auxílio aos estudantes na sexta-feira a tarde, de modo presencial e remoto.

Na semana passada, li uma notícia sobre uma profissional de recursos humanos que, após uma sonhada gravidez, foi despedida ao retornar de sua licença-maternidade: https://www.estadao.com.br/economia/sua-carreira/mulher-demitida-cinco-minutos-apos-licenca-matenidade-nprei/

Não foi a única situação absurda que vi desde a última semana. Infelizmente também verei outras injustiças do gênero (e, neste caso, também de gênero) ocorrendo.

Notícia boa da parte da CAPES! Foi criado um comitê permanente para equidade de gênero, com foco nas mulheres na pós-graduação: https://www.gov.br/capes/pt-br/assuntos/noticias/capes-cria-comite-permanente-para-equidade-de-genero. A Portaria CAPES 215 de 2024 detalha este novo comitê: https://cad.capes.gov.br/ato-administrativo-detalhar?idAtoAdmElastic=15732

Uma boa notícia para as mulheres na pós-graduação que estejam grávidas ou que adotem: prorrogação de prazos! Uma lei anterior já garantia a prorrogação da duração de bolsas de pós-graduação ( Lei 13535. No entanto, de que ainda prorrogar a bolsa se o prazo para concluir o curso continua o mesmo? Pois bem, a Lei 14.925 prorroga o prazo para conclusão de cursos de ensino superior (graduação e pós-graduação): https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/l14925.htm

Uma coisa que tinha me passado batida na primeira leitura sobre a Lei 14925 é sobre a prorrogação também ser aplicável a estudantes de graduação! Ótima notícia!

Olhei hoje o resultado dos projetos selecionados pelo Serrapilheira e resolvei conhecer um pouco mais a origem dessa instituição. Conforme apresentado por eles em https://serrapilheira.org/quem-somos/, o Serrapilheira é financiado pelos rendimentos de recursos doados pelo casal João Moreira Salles e Branca Vianna. Branca Vianna conceceu uma entrevista recentemente à UOL, contando um pouco da história da riqueza de sua família: https://capitalreset.uol.com.br/empresas/entrevista-minha-familia-enriqueceu-com-a-escravidao/. Ao ter ciência clara da origem excusa da riqueza de sua família, surgiu a necessidade de reparação. O Serrapilheira é provavelmente uma das formas para realizar isto. No entanto, o dinheiro da família Vianna já tinha acabado nesta altura do campeonato. Provavelmente o recurso é oriundo da família do marido, João Moreira Salles, herdeiro de Walther Moreira Sales, um dos fundadores do Unibanco, atual Itaú (maior banco privado do Brasil?).