Na reunião do (quase) grupo de trabalho sobre diversidade, a Amanda chamou a atenção quando a diversidade e diferença, complementando com diversas referências quanto ao tema. Estou lendo uma delas, um trecho do primeiro capítulo do livro de Maria Mantoan e José Lanuti (A escola que queremos para todos). Todas as pessoas são diferentes e únicas (singulares), esse é o primeiro ponto. Um problema em educação é não tratar todos nessa perspectiva e, para tentar ensinar a todos, estabelece-se um padrão e se classificam as pessoas com relação a isso. Disso temos um problema quanto à diversidade nesse contexto: ela pode reforçar a diferença entre as pessoas e formas excludentes de ensino e de pessoas, recorrendo-se a uma definição de normalidade, comparação de pessoas e fixação de identidade. Embora a diversidade é legítima ao permitir a garantia de direitos, isso se justifica no momento anterior ao início do aprendizado. Por exemplo, mecanismos de cotas são reparadores de injustiças sociais, permitindo a inclusão das pessoas injustiçadas. No entanto, esse mesmo mecanismo de cotas não deve ser utilizado para direcionar o ensino em si na perspectiva de, por exemplo, estabelecer atividades e espaços conforme as categorias consideradas para cotas (por definição, algo que não seria inclusivo da perspectiva do ensino).